Segundo dados do estudo ‘Atlas dos Alunos com Origem Imigrante. Quem São e Onde Estão nos Ensinos Básico e Secundário em Portugal’, feito pelo Observatório das Desigualdades, e com base em dados da Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), o número de alunos com pais estrangeiros no ensino básico e secundário em Portugal tem vindo a crescer incessantemente.
Em conjunto, estudantes de origem brasileira, angolana e francesa representam mais de 50% do total: 28,6% do total de alunos com origem imigrante tem pais brasileiros, 13,9% tem progenitores angolanos, e 9,5% franceses.
Os números também revelam que os alunos de origem imigrante tinham, há 10 anos, um peso de 14,3% do total de alunos nas escolas, contra os atuais 17,3%.
Comparando o período de 2012/13 com os dados mais recentes, verifica-se que as origens de alunos com maior crescimento foram a nepalesa (1214%), brasileira (119%), indiana (76,6%) e venezuelana (61%).
Por outro lado, desceram os números de alunos com origens em Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP): verificou-se uma redução, no mesmo período, de alunos com pais moçambicanos (-40,7%), cabo-verdianos (-27,4%), angolanos (-25,8%) e guineenses (-24,4%).
O estudo também verificou que entre os anos de 2019/2020, 60,3% dos alunos com origem imigrante tinham nascido em Portugal. Destes, quase metade (47,5%) tinha um dos pais com naturalidade portuguesa.
Fonte: executivedigest.sapo.pt