A compra de casas em Portugal por estrangeiros aumentou mais de 70% em 2022. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o número de compradores com domicílio fiscal na União Europeia (UE) aumentou 72,3%, face a 2021. Já o número de compradores com domicílio fiscal em outros países aumentou 79,1%.
A procura de casas portuguesas quer por estrangeiros, quer por portugueses, aumentou no país. Nos primeiros três meses do ano foram vendidos 43.544 imóveis em Portugal, registando um aumento de 25,8%, face ao período homólogo.
Segundo os dados do INE, os estrangeiros compraram 2.556 imóveis, sendo que 1.435 foram comprados por cidadãos residentes na UE e 1121 foram comprados por cidadãos de outros países.
O aumento da compra de casas por cidadãos estrangeiros deve-se à retoma dos mercados e também ao número de vistos gold atribuídos.
A aquisição de imóveis através deste regime gerou 190,2 milhões de euros só nos primeiros cinco meses de 2021.
Além disso, a compra de habitações novas aumentou 28,7%, o que corresponde a 7.603 casas. Já a compra de habitações usadas passou para 35.941 imóveis, o que corresponde a um aumento de 25,2%, face ao período homólogo.
A compra de habitação por famílias foi a grande impulsionadora deste mercado, representando 86,9% do total das compras de imóveis.
O volume de negócios do mercado residencial em Portugal gerou 8,1 mil milhões de euros nos primeiros três meses do ano, mais 44% face a 2021.
As compras das famílias foram responsáveis por sete mil milhões de euros, sendo que a maioria das compras foram de imóveis usados.
Com o aumento da procura, os preços das casas no primeiro trimestre de 2022 subiram 12,9%, registando assim o maior aumento desde 2010.
Os preços das habitações existentes registaram um aumento de 13,6% revelando um incremento superior ao das habitações novas (10,9%).
O aumento dos preços de construção também tem levado a um aumento do preço das casas, sejam estas novas ou usadas.
Nos primeiros três meses do ano, a concessão de novos créditos à habitação pelas instituições financeiras totalizou 4.155 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 24,1%, face a igual período do ano passado.
Fonte: Instituto Nacional de Estatística / PME Magazine / Diário Imobiliário / AICCOPN