Segundo o estudo ‘Where do Companies Want to Be?’ (‘Onde as companhias querem estar?’) da consultora imobiliária Savills, estão atualmente sediadas em Lisboa cerca de 354 mil empresas, onde se concentra o maior número de trabalhadores de empresas estrangeiras do setor tecnológico.
Segundo a Savills, que se apoia no Índice Europeu de Inovação, Lisboa encontra-se no 12.º lugar na tabela das cidades mais inovadoras da União Europeia (UE). Não é por acaso, que a capital recebe e continuará a receber, até 2028, a Web Summit.
Analisando a performance do mercado ocupacional de escritórios dos últimos cinco anos, surgem vários fatores que fazem com que as empresas, nomeadamente grandes multinacionais, estejam de olhos postos na capital lusa e a elejam para sediar operações.
Entre os fatores que contribuem para este fenómeno estão também as políticas ambientais, que colocam Lisboa na linha da frente das escolhas das empresas, tendo em 2020 sido nomeada Capital Verde Europeia, por ter reduzido significativamente as emissões de CO2 e o consumo de água, e a mobilidade – Lisboa dispõe de uma robusta rede de transportes públicos, bem como de meios de transporte alternativos e partilhados que permitem facilidade e rapidez de acesso ao local de trabalho.
Entre 2016 e 2020, cerca de 40 novas empresas do setor das Tecnologias da Informação instalaram-se em Lisboa.
Alem disso, grandes nomes do setor automóvel, como a Mercedes Benz.io, a Volkswagen Digital Solutions, a Critical Techworks (parceria entre BMW e Critical Software) e a tb.lx (Grupo Daimler), também escolheram a cidade para a colocação de Centros de Competências.
Dados recentes da AICEP indicam investimentos de empresas estrangeiras não-financeiras como BJSS, CI&T, Cloudflare, Lockwood, NFON, Schréder Hyperion e Springer Nature.
Também a recuperação progressiva da economia nacional, depois da pandemia, é importante para atrair investidores: em janeiro de 2022, o segmento de escritórios registou um volume de take-up de mais de 13.000 m², um aumento bastante significativo face aos cerca de 2.000 m² do mês correspondente de 2021.
A retoma económica permite antever a chegada de novas empresas estrangeiras a Portugal, e Lisboa deverá estar no topo da lista de preferências, com novos projetos a chegarem ao mercado, adianta a Savills.
O estudo da Savills conclui, ainda, que a procura por espaços de coworking na capital tem vindo a crescer: são atualmente mais de 100 espaços de coworking espalhados pela cidade, com a oferta de instalações orientadas para a promoção da criatividade, flexibilidade contratual e relações interpessoais.
Para mais informações, acesse: https://pdf.euro.savills.co.uk/portugal/savills-portugal-market-study-where-do-companies-want-to-be.pdf
Fonte: Savills / Idealista News / AICEP