Segundo dados recentes da ManpowerGroup Portugal, 62% dos empregadores portugueses têm alguma ou muita dificuldade em preencher as suas vagas.
Construção, comércio grossista e retalhista, restauração e hotelaria e indústria são os mais afetados pela escassez de talento.
44% dos empregadores portugueses têm alguma dificuldade em encontrar os candidatos certos e 18% sentem muita dificuldade na contratação.
A pandemia da COVID-19 acelerou a transformação tecnológica nas organizações. Esta transformação provocou um aumento na procura de competências técnicas, que o mercado de trabalho não estava preparado para entregar: por exemplo, nas áreas de cibersegurança, análise de dados, marketing digital, profissionais de saúde e especialistas em logística ou gestão de armazéns.
A crescente automatização das empresas também gerou uma maior procura por competências humanas como a comunicação, adaptabilidade, pensamento analítico ou a empatia.
No entanto, os empregadores indicam que as mesmas são difíceis de identificar e de desenvolver: 33% deles afirma que é difícil formar nas competências técnicas mais procuradas, enquanto 54% deles declara ser ainda mais difícil ensinar as competências comportamentais procuradas.
De modo geral, a construção tem mais dificuldades em contratar (89%), seguido pelos setores do comércio grossista e retalhista, restauração e hotelaria e indústria, com taxas de escassez de talento de 69%, 65% e 63%, respetivamente. Por outro lado, as funções tecnológicas são também cada vez mais difíceis de preencher.
Fonte: Eco / AICEP / ManpowerGroup Portugal